Monchique e Outros Poemas

 

José Manuel Barroso escreve poesia para se «desnudar em frente do espelho da vida», revela. Em Monchique viveu alguns anos, até ao final da adolescência, e olha para este livro como «uma revisitação, um mergulho nos tempos felizes e livres da infância e da juventude». Partilha mesmo: «Nessa altura, o mundo era eu e todos os sonhos que cabiam no grande berço limitado pelas duas montanhas dos dinossauros adormecidos.» Quando regressa, gosta de passear tranquilamente pela vila. «Saboreio uma a uma as recordações, viajo pelas cortinas do tempo», diz. «Às vezes vou com meu neto e abro-lhe essas cortinas. Conto, para mim e para ele, histórias vividas. E incluo na visita o bolo de tacho.»